quinta-feira, julho 05, 2007

Delírio Fúnebre

Quase escuto teu passo
descom-
passado
Imitando o andar
sei lá de quem
- algum famoso
empoeirado -
Sinto por dentro
senti-
mento
de ver chegar alguém
Em todos os instantes
guardados na estante
da memória,
confunde o pó a brancura
dos teus olhos mornos,
teus olhos mortos.
O que me envelhece a alma:
a amarga ironia
de que só te dei flores
nessa hora.

Um comentário:

Diogo Lyra disse...

Muito bom!