quinta-feira, agosto 30, 2007

Bianca

Seu nome fala por si só
Sua história não tem dó
Tempos frios, violentos
Tempos mancos, lentos, francos
Quando o vento não levou o peso desse documento
Que tatuou em sua pele branca
Uma sina e uma idéia de Bianca

Seu mundo é seu
Seu hino é meu
E ela é fria, violenta
E ela é franca, e venta, é tanta
Senta e se levanta teses tantas
Que não conta a ninguém
Nem sequer quando é amada
Só encanta a tal menina
Essa Bianca

Ninguém tem o cacife pra entender
Ou pra furar esse recife de corais
São tão bonitos seus florais
Que tanto fito

Essa esfinge guarda uma cidade
Inteira em sua mocidade
Ela nem sabe seu tamanho
Ela nem cabe em sua manha

E amanhã o tal clichê: "Decifra-me ou te devoro" sairá pelos seus poros
E entrarei nas profundezas brancas
Onde ouve-se um sussurro
Que canta meu nome
Bianca

2 comentários:

Cíntia Costa disse...

Esse nome me passou uma sensação de pureza.. ainda que rude, como sugere o resto do poema. Gostei :)

Ju disse...

Que cantiga boa!