segunda-feira, abril 14, 2008

Motor complexo da palavra

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Penso imenso meu íntimo,
ínfimo diante de tudo.
Ínfimo diante diz tudo...

imerso eu penso,
imenso eu verso,
inverso eu venço
meu íntimo tímido
diante de tudo,
desnudo...

e escrevo de fora para dentro,
pequeno como me meço me leio
entro no meu mundo, perplexo
o reflexo permeia o castelo
de areia é também o espelho
e o tempo na ampulheta...

atravesso a mim mesmo como quem reconhece
a palavra mentida em cada palavra lavrada:
em tudo a mesma cilada: eu mesmo, lavrador de palavras.

4 comentários:

Bianca Feijó disse...

Lindo essa escrita de palavras concatenadas...
Escrita onde foi colocada um dose de intensidade...

B.E.I.J.O.S

Unknown disse...

Maltratando minha visão cansada hein! Suave, a gente faz um esforço!

Priscila Lopes disse...

Este é daqueles poemas que roçam na língua da gente:

"imerso eu penso,
imenso eu verso,
inverso eu venço"

... para serem lidos em voz alta!

.hi-fi. disse...

reversando versos, versando para si, poesia pra dividir