terça-feira, abril 24, 2007

Poeminha brega para uma mulher grávida


que saudade de
ver a barriga
um pouco crescida
os seios inchados,
humor estragado,
a pele tão lisa,
meu Deus!
(que Deus?)
como é linda
essa minha mulher
tão distante
eu trabalho
ela em casa
carrega o
infante
trabalha
também
é gestante!
e o instante
não passa
jamais!

quero tocar
nesse ventre
que é quente
e abriga
uma gente
que ainda
não tem
nenhum
dente!

quero ver
meu parente
formando,
senti-lo
chutando,
virando e
virando
e virando
até se acomodar.

quero olhar
e chorar
e amar
e rimar
rimas bobas,
cantar canções
tolas
pra prole
nanar.

3 comentários:

.hi-fi. disse...

...como um poeta agnóstico [ou seria ateu?] descreve um milagre? - divino, ou não, que a poesia recaia como bênção em todos nós, escritores baratos ou não.

Anônimo disse...

Caito: é infantilíssima! Mas é desse tipo de poesia que eu gosto. E nosso amigo futuro escritor de livros infantis também. Que não soe como um xaveco, mas ficou uma graça. Adorei mesmo!

Priscila Lopes disse...

LIndo, lindo, fofo demais! (tá, quem é que quer ouvir "fofo" de um texto seu? desculpe, é por causa da 'prole nanando')