Vá a uma biblioteca, escolha um livro, abra-o e deixe na página escolhida uma mensagem para qualquer destinatário. Num elevador cheio, às 10 da manhã, entre e diga "boa noite". No corredor do shopping, puxe sua(seu) namorada(o) pelo braço e beije-a(o) como se aquele fosse seu último gesto em vida. Mande cartas a seus amigos com textos cifrados, com códigos próprios. Machuque troncos de árvores com a ponta da chave. Surpreenda pessoas queridas com mimos inesperados. Use a tecnologia a seu favor: dispare torpedos SMS em tardes ensolaradas, em plena semana. Aproveite a calmaria do domingo e sente no meio da avenida mais movimentada de sua cidade; se possível, leve alguém junto. Lave a louça e suje o nariz de quem você ama com espuma. Compre cartões postais, escreva e envie como se realmente estivesse naquele país, naquela cidade. Peça sobremesas difíceis de fazer para sua mãe. Distribua panfletos incompreensíveis em semáforos, praças e vagões de trem. Entre fantasiado em uma igreja. Construa uma casa-da-árvore. Compre uma bolinha amarela e brinque com cachorros de rua. Pratique o Terrorismo Poético. Todos os seres, humanos ou não, precisam ser tirados dos trilhos. Ainda que seja por poucos - e únicos - segundos.
sexta-feira, março 21, 2008
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2 comentários:
Alguns gestos de tua lista eu já faço, mas, tentarei os outros. Abraços poéticos.
São essas peqenas coisas sem sentido aparente que dão sentido verdadeiro à vida...
Gostei muito dos teus textos
;D
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