Na carne, o pesado
soco inteiro...
e o corpo se desfaz
minado lentamente...
E o corpo é uma dádiva.
E a vida é uma dúvida.
Os nervos vão lentamente,
com a sabedoria de uma crueldade lenta,
namorando a paz:
A dor é um gozo profundo,
os nervos, não lhes restam dúvidas...
A vida é uma dádiva.
O corpo é uma dúvida.
E tudo o mais, toda a dor um encanto...
A dúvida é uma dádiva.
A dádiva , uma dúvida.
Pela carne
a pele, a câimbra...
a calma é uma ilusão
e não há mais nada.
O riso e o gozo são
dor e o choro.
Não há tato,
Não há toque.
E os olhos fechados
Pela noite escura
Sentem a água fria...
Tomando conta do mundo
Eu existo encantado por poder.
Como uma gentileza do universo em minha direção,
eu sinto o frio e o frio me faz deixar de sentir a ternura,
nada mais existe.
É tudo luminoso.
Na solidão de despir-se
no oceano noturno,
os olhos fechados,
bela noite escura,
sentem a água fria...
5 comentários:
De olhos fechados
duvida da vida
a dúvida é a dádiva
que dá vida
(ou que mata)
A vida é dádiva
A vida é dívida
A vida é lívida
A morte é vitalícia.
E a agua é fria,
a noite é bela,
o dia é passado.
Ele é óleo,
quer ser água.
Nossa, muito bons - os dois!
A dúvida é uma dádiva.
A corpo é uma vida.
Concordo com o Vieira Calado, no meu poema, quado ele parece dizer que não somos escritores "baratos". Mas é que o Caio, certa vez, ouvindo uma entrevista...
hahahaha
É preferível entrar aqui e pensar "Nossa, eles sõa bons! Escritor barato pra mim não é isso", que intitularmos "Escritores Caros" e quem entrar pensar "É, bonzinhos, mas pretensiosos".
Tá.
Beijos!
Com certeza, humildade é o melhor negócio, devagar e sempre, comendo pelas beiradas! Até por que, como ja disse, pra mim são todos escritores gratuitos: aceitaram meu convite sem cobrar nada!
De olhos abertos,
procura água quente.
Queima-se?
O corpo derrete e congela. Tem vida, então duvida.
Existirmos: a que será que se destina?" Canta, precisa ser dádiva.
Banha-se em água morna.
É que não orna: eu, ..., água morna... :)
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