Às vezes, de tempos em tempos, é preciso tirar a alma do corpo, puxando-a cuidadosamente, com a ponta do polegar e do indicador juntas.
Quando se absorve demais o mundo, a alma é inundada pelo desvario inerente a este. Acaba encharcada, pesada. Quase um fardo, com quilos e quilos de angústias, amores, tristezas e toda sorte de sentimentos humanos.
Quando se absorve demais o mundo, a alma é inundada pelo desvario inerente a este. Acaba encharcada, pesada. Quase um fardo, com quilos e quilos de angústias, amores, tristezas e toda sorte de sentimentos humanos.
Então, para não ficar doente, o indivíduo precisa pegar sua alma, esticá-la e prendê-la no varal. E assim ela permanecerá, leve, sendo apenas acariciada por uma brisa descomprometida e preguiçosa. Para que seque e volte a ser como antes.
8 comentários:
Em algum momento nos implora por silencio. Excelente esse texto, uma visão bem interessante sobre o nosso cotidiano.
Abraços
nos desafogamos
sacudimos a poeira escura
pegamos o tempo
cicatrizes novas
e não somos mais os mesmos.
nosso brilho, porém, prevalece e ganha ainda mais liberdade para ascender
Bela reflexão, José. A alma é lavada, esticada e posta no varal até o momento em que o tecido se desfaz. O que compõe as nossas fibras?
Abraços do Linguanoto
Sim!
Chamo de lavagem cerebral
Bem interessante, Zé. Delicado e bem escrito.
Oi
Você é do grupo "Coisa linda..."?
Gostaria que me desse um toque sempre quando vocês se apresentarem. Pode ser? Você entrou no meu blog esses dias e disse que eu poderia fazer isso, então, não negue. Rsrs...
Meu e-mail: camilamendoca@bol.com.br
Beijocas
Era de ouvir isto q eu precisava....
Vem aí uma época q tanto gosto e tenho minha alma tão pesada.
Muito lindo o q vc escreveu.
Parabéns!
bj
a.
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